Edward O'Kelly caminha por uma paisagem nevada com um olhar de determinação. A voz informativa do narrador é escutada:
Narrador - Edward O'Kelly veio do Bachelor às 1 da tarde. Ele não tinha nenhum esquema, nenhuma estratégia. Não tinha nenhum acordo com alguma autoridade superior. Apenas um vago desejo de glória e de revanche contra Robert Ford.
Tudo o que Robert Ford está fazendo é checar as cartas do seu bar. Vazio. Enquanto isso Edward O'Kelly está comprando uma arma numa tenda à céu aberto.
Narrador - Ele foi condenado à uma vida de serviços na Penitenciária do Colorado por homicídio de segundo grau. Mais de 7.000 assinaturas eventualmente garantiram a petição de libertação de O'Kelly, e, em 1902, o governador James B. Ullman concedeu perdão ao homem.
A imagem congela em O'Kelly.
Um grupo de mineiros bebe no bar de Bob Ford. Um deles observa uma abotoadura de opala que o dono do lugar está usando.
Mineiro - Você não deveria usar isso, Bob. Opalas dão má sorte.
Robert Ford - Minha sorte já anda bem ruim. Opalas não mudariam muita coisa.
Mineiro - Sei.
Robert retira seu chapéu e abre o jornal.
Narrador - Não haveriam lamentos para Bob, nem fotografias do seu corpo sendo vendidas em bancas de jornais, ninguém formaria multidões para o seu funeral em meio a chuva. Biografias não seriam escritas, nenhuma criança seria batizada com o seu nome. Ninguém nunca pagaria vinte dólares só para estar no quarto que ele cresceu.
Edward O'Kelly invade o Omaha Club. Robert Ford se vira e nós congelamos seu rosto.
Narrador - A arma dispararia. Ela May gritaria. Mas Robert Ford iria apenas cair no chão, olhar para o teto. A luz esvaíndo pelos seus olhos antes de encontrar as palavras certas.
Por Victor Bruno
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