domingo, 12 de setembro de 2010

The Rocky Horror Picture Show

The Rocky Horror Picture Show
The Rocky Horror Picture Show, 1975
Dirigido por Jim Sharman
Roteiro de Jim Sharman e Richard O'Brien (baseado na peça de Richard O'Brien)
Com Tim Curry, Susan Sarandon, Richard O'Brien

Na década de 1970, musciais de conteúdo contestador ou "subsersivo" em relação a determinados valores sociais tradicionais despontaram no cinema, oriundos de peças homônimas do teatro. Dentre eles, podemos destacar "Jesus Cristo Superstar", "Hair" e este "The Rocky Horror Picture Show", uma bela e divertida homenagem aos filmes de ficcção cinetífica e terror.

Na trama, bastante bizarra à primeira vista, o casal Brad Majors (Barry Bostwick) e Janet Weiss (Susan Sarandon, linda), que acabaram de se tornar noivos, partem em busca do homem responsável por eles terem se conhecido, o doutor Everet Scott (Jonatham Adams). Entretanto, em uma noite chuvosa, o pneu do carro fura, e eles vão parar no castelo do Dr. Frank N'Furter (Tim Curry), um transexual que está realizando uma festa para seus amigos alienígenas do planeta Transilvânia em comemaração à criação de Rocky (Peter Hinwood), feito para atender à luxúria de seu criador.

Apesar da trama parecer estapafúrdia, o roteiro é bastante coeso dentro de sua lógica, apresentando um bom desenvolvimento de personagens, inclusive os empregador do Dr. Furter, Riff Raff (Richard O'Brien, também compostior das músicas), Magenta (Patricia Quinn) e Columbia (Little Nell). Os diálogos são ótimos, promovendo um humor negro delicioso, com homenagens a filmes como "Frankenstein", "Dracula" e "King Kong", dentre muitos outros.

A trilha sonora é um destaque à parte. O filme já inicia com uma das canções mais interessantes, "Science Fiction/Double Feature", cantada apenas por uma boca, e com várias referências a filmes antigos. Todas as músicas são muito boas, mas podemos destacar também "Time Warp" (que possui a coreografia mais divertida), "Sweet Tranvestite" (que marca a entrada triunfal do Dr. Furter), "Touch-a, touch-a, touch-me" (marcando uma profunda virada comportamental na personagem Janet) e "Rose tints my world", já no fim.


Mas a alma do filme é a atuação de Tim Curry. O ator incorporou de forma impecável o espírito necessário para o personagem do Dr. Furter, sendo irônico, divertido, irritante, cruel e emocionante, variando de acordo com o momento, além de cantar muito bem. Susan Srandon também se destaca, com sua voz doce e suave, mas com sua personagem se transformanado da "água pro vinho" com o decorrer do filme. Barry Bostwick, ao lado de Susan, também contribi na interpretação do típico "herói" dos antigos filmes de terror, mas sua máscara também cai durante o filme. Do restante do elenco, Richard O'Brien e Patricia Quinn também apresentam uma interpretaçaõ divertidíssima.

Somando a ótima trilha, um roteiro coeso, uma direção segura (Jim Sharman também dirigiu a peça original), a direção de arte e figurino excelentes e um elenco impecável (ao qual ainda podemos somar as pequenas, mas interessantes participações de Meatloaf como Eddie, antigo caso de amor do dr. Furter, e Charles Grey como o narrador), temos um grande filme, que continua sendo exibido até hoje nas sessões de meia-noite de alguns cinemas na Alemanha e EUA. Entrando no espírito do filme, "let's do the time warp again!".

Nota: 4 em 5 estrelas

Por Douglas Braga

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