Toy Story 3, 2010 / Dirigido por Lee Unkrich.
Com Tom Hanks, Tim Allen, Don Rickles, Michael Keaton, Joan Kusack, Wallace Shawn, John Ratzenberger e Ned Beatty.
(4/5)
Em 1995, uma revolucionária técnica de animação invadiu o mundo do cinema. Trazendo personagens em três dimensões, com movimentos realistas e menos mecânicos e falsos como em animações Stop Motion, o filme Toy Story marcou uma revolução cinematográfica ampliando os horizontes dos efeitos especiais. John Lasseter foi o responsável pela direção dessa fantástica e envolvente aventura onde bonecos de brinquedo ganham vida, falam, correm e tem seus próprios conflitos. Não só isso, mas envolveu uma geração inteira de crianças que sonhavam com aqueles brinquedos de carisma enorme. Foi um sonho infantil se tornando realidade nas telas de um cinema. Qual criança nunca quis ter seus brinquedos com vida própria, nunca quis que eles conversassem consigo?
E assim se sustentou o divertido grupo de bonecos protagonizados por Buzz Lightyear (dublado por Tim Allen) e Woody (dublado por Tom Hanks), uma dupla nada convencional: um astronauta em guerra contra um poderoso inimigo intergaláctico e um caubói que vive uma vida de aventuras junto a seu cavalo. Toy Story não só envolveu por estes personagens, mas por um conjunto de diversos e distintos personagens. São dos mais variados tipos, alegres, medrosos, tristes e tímidos, personificações de uma geração de crianças, não há como uma criança não se identificar com menos de um deles.
Não demorou e chegou aos cinemas Toy Story 2, com uma aventura ainda mais envolvente e divertida e com técnicas de computação gráfica mais aprimoradas ainda, sem falhas e muito mais realista que antes. A equipe de direção, roteiro, animação e tudo o mais se expandiu de uma forma surpreendente e as salas de cinema lotaram assinando um sucesso comercial e entre as crianças incrível (na minha opinião, Toy Story 2 consegue ser o melhor da trilogia).
Com Tom Hanks, Tim Allen, Don Rickles, Michael Keaton, Joan Kusack, Wallace Shawn, John Ratzenberger e Ned Beatty.
(4/5)
Em 1995, uma revolucionária técnica de animação invadiu o mundo do cinema. Trazendo personagens em três dimensões, com movimentos realistas e menos mecânicos e falsos como em animações Stop Motion, o filme Toy Story marcou uma revolução cinematográfica ampliando os horizontes dos efeitos especiais. John Lasseter foi o responsável pela direção dessa fantástica e envolvente aventura onde bonecos de brinquedo ganham vida, falam, correm e tem seus próprios conflitos. Não só isso, mas envolveu uma geração inteira de crianças que sonhavam com aqueles brinquedos de carisma enorme. Foi um sonho infantil se tornando realidade nas telas de um cinema. Qual criança nunca quis ter seus brinquedos com vida própria, nunca quis que eles conversassem consigo?
E assim se sustentou o divertido grupo de bonecos protagonizados por Buzz Lightyear (dublado por Tim Allen) e Woody (dublado por Tom Hanks), uma dupla nada convencional: um astronauta em guerra contra um poderoso inimigo intergaláctico e um caubói que vive uma vida de aventuras junto a seu cavalo. Toy Story não só envolveu por estes personagens, mas por um conjunto de diversos e distintos personagens. São dos mais variados tipos, alegres, medrosos, tristes e tímidos, personificações de uma geração de crianças, não há como uma criança não se identificar com menos de um deles.
Não demorou e chegou aos cinemas Toy Story 2, com uma aventura ainda mais envolvente e divertida e com técnicas de computação gráfica mais aprimoradas ainda, sem falhas e muito mais realista que antes. A equipe de direção, roteiro, animação e tudo o mais se expandiu de uma forma surpreendente e as salas de cinema lotaram assinando um sucesso comercial e entre as crianças incrível (na minha opinião, Toy Story 2 consegue ser o melhor da trilogia).
Então, dez anos depois do lançamento de Toy Story 2, chega às telas dos cinemas Toy Story 3 assinando à laser sua marca na história. Com uma história que segue a linha de suas anteriores, com os mesmos personagens, mas uma situação diferente e comovente, Toy Story 3 ganhou, não só as crianças de hoje como aqueles jovens que curtiram quando criança os bonecos favoritos, agora, muitos já adultos. Foi essa a estratégia e idéia da produção. Criar, assim como na realidade, uma situação que possa ser familiar àqueles que viveram os primeiros momentos da animação.
Em Toy Story 3, Andy, dono dos bonecos, está adulto e vai para a faculdade distanciando-se então de seus brinquedos mesmo ainda gostando deles. Esse terceiro filme marca um início conclusivo triste, mas realista da juventude atual. Andy se afasta de seus brinquedos e os brinquedos sentem falta dele e fazem de tudo para chamarem a atenção dos olhos de Andy, agora focados em coisas diferentes. O amadurecimento aqui, apesar do mostrado, não é um distanciamento dos sentimentos passados, dos apegos como muitos procuram cultivar. O jovem adulto é retratado como uma pessoa com sentimentos e lembranças. Mesmo que os bonecos sejam objetos materiais, é um marco na vida de qualquer pessoa que teve a oportunidade de passar horas inventando histórias e o filme consegue mostrar que essa nostalgia, esse momento criativo da vida não é apenas mais um momento da vida, não deve deixar de ser um marco quando adulto, deve ser lembrado e compreendido, nunca deve ser ignorado.
A aventura do grupo de bonecos começa quando, após um engano, eles são enviados como doação para uma creche. Lá eles conhecem diversos outros brinquedos que os recebem carinhosamente e dão uma impressão de liberdade e de felicidade, pois os nossos bonecos agora fariam parte do cotidiano de outras crianças que brincariam com eles com a mesma alegria como quando Andy brincava quando criança. Mas Woody, que nunca concordou em se distanciar de Andy, foge e vai em busca de seu verdadeiro dono enquanto os outros ficam. Os que ficam, liderados por Buzz, percebem que o lugar não é tão legal quando parece depois que são colocados em uma sala de crianças maiores e bagunceiras e sofrem grande perigo. Como se não bastasse, os brinquedos que alí pareciam hospitaleiros são na verdade controladores e maus criando uma verdadeira prisão aos nossos amigos.
Em Toy Story 3, Andy, dono dos bonecos, está adulto e vai para a faculdade distanciando-se então de seus brinquedos mesmo ainda gostando deles. Esse terceiro filme marca um início conclusivo triste, mas realista da juventude atual. Andy se afasta de seus brinquedos e os brinquedos sentem falta dele e fazem de tudo para chamarem a atenção dos olhos de Andy, agora focados em coisas diferentes. O amadurecimento aqui, apesar do mostrado, não é um distanciamento dos sentimentos passados, dos apegos como muitos procuram cultivar. O jovem adulto é retratado como uma pessoa com sentimentos e lembranças. Mesmo que os bonecos sejam objetos materiais, é um marco na vida de qualquer pessoa que teve a oportunidade de passar horas inventando histórias e o filme consegue mostrar que essa nostalgia, esse momento criativo da vida não é apenas mais um momento da vida, não deve deixar de ser um marco quando adulto, deve ser lembrado e compreendido, nunca deve ser ignorado.
A aventura do grupo de bonecos começa quando, após um engano, eles são enviados como doação para uma creche. Lá eles conhecem diversos outros brinquedos que os recebem carinhosamente e dão uma impressão de liberdade e de felicidade, pois os nossos bonecos agora fariam parte do cotidiano de outras crianças que brincariam com eles com a mesma alegria como quando Andy brincava quando criança. Mas Woody, que nunca concordou em se distanciar de Andy, foge e vai em busca de seu verdadeiro dono enquanto os outros ficam. Os que ficam, liderados por Buzz, percebem que o lugar não é tão legal quando parece depois que são colocados em uma sala de crianças maiores e bagunceiras e sofrem grande perigo. Como se não bastasse, os brinquedos que alí pareciam hospitaleiros são na verdade controladores e maus criando uma verdadeira prisão aos nossos amigos.
Não sendo tão básico quando parece, o filme tem emoção e os personagens dele ainda mais. Mesmo os maus, conseguem nos convencer com seus conflitos e são belamente desenvolvidos. Mas, o que não colabora, para nós, mais atentos, é sua estranha falta de originalidade nesse meio de filme, o desenvolvimento dele. Ao mesmo tempo em que Toy Story 3 é um filme grandioso em idéias, ele se perde não conseguindo ir além de outros filmes que estão nas prateleiras das locadoras ou em cartazes. Os vilões são sempre sentimentais e seus conflitos nos fazem ficar com pena deles. O desenrolar soa batido, pois há uma grande massa de filmes infantis que usam dos mesmos recursos para conquistar as crianças e até mesmo os adultos.
Toy Story 3 mais parece apenas mais um filme que um destaque realmente, apesar de ser muito bom, claro. O que nos faz gostar realmente dele é o tratamento do jovem adulto e a nostalgia de ser criança, as lembranças que nunca morrem nem morrerão dentro de todas as pessoas. As crianças sentem isso até mais que muitos adultos, ou melhor, mais que a maioria dos adultos. Elas vêem a esperança de nunca esquecerem seus brinquedos. Muitos de nós, adolescentes adultos sentimos o mesmo, é o tipo de filme que nos faz voltar no tempo e lembrar de quando estávamos sentados no chão brincando com bonecos, aviões, carros e caminhões sem preocupação com o futuro e com conflitos. O que também não quer dizer que o filme sustente a idéia de um adulto sem amadurecimento.
Mesmo com seu simples e negativo desenvolvimento, talvez até clichê, Toy Story 3 encanta pelas suas qualidades que se sobrepõem a qualquer defeito. O filme concorre esse ano a incríveis cinco estatuetas do Oscar, desde “Canção Original” ao posto mais alto da premiação: “Melhor Filme”, concorrendo com filmes de peso como Black Swan e The King’s Speech, o grande favorito do ano. A direção é de peso, carregada por Lee Unkrich, diretor de outros grandes filmes como Monsters, Inc. e Finding Nemo. É diversão mais do que garantida!
Toy Story 3 mais parece apenas mais um filme que um destaque realmente, apesar de ser muito bom, claro. O que nos faz gostar realmente dele é o tratamento do jovem adulto e a nostalgia de ser criança, as lembranças que nunca morrem nem morrerão dentro de todas as pessoas. As crianças sentem isso até mais que muitos adultos, ou melhor, mais que a maioria dos adultos. Elas vêem a esperança de nunca esquecerem seus brinquedos. Muitos de nós, adolescentes adultos sentimos o mesmo, é o tipo de filme que nos faz voltar no tempo e lembrar de quando estávamos sentados no chão brincando com bonecos, aviões, carros e caminhões sem preocupação com o futuro e com conflitos. O que também não quer dizer que o filme sustente a idéia de um adulto sem amadurecimento.
Mesmo com seu simples e negativo desenvolvimento, talvez até clichê, Toy Story 3 encanta pelas suas qualidades que se sobrepõem a qualquer defeito. O filme concorre esse ano a incríveis cinco estatuetas do Oscar, desde “Canção Original” ao posto mais alto da premiação: “Melhor Filme”, concorrendo com filmes de peso como Black Swan e The King’s Speech, o grande favorito do ano. A direção é de peso, carregada por Lee Unkrich, diretor de outros grandes filmes como Monsters, Inc. e Finding Nemo. É diversão mais do que garantida!
Por Pedro Ruback
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