sábado, 19 de fevereiro de 2011

127 Horas

127 Hours, 2010/ Dirigido por Danny Boyle
Com James Franco, Kate Mara, Amber Tamblyn, Clémence Poésy e Treat Williams


1/5

No ano de 2003, o engenheiro e montanhista Aron Ralston ficou com parte do braço preso debaixo de uma rocha quando estava escalando um canyon na região montanhosa de Utah, nos Estados Unidos. Aaron ficou impressionantes 127 horas no local, com pouca água, praticamente sem comida, quase nenhum equipamento e sem ninguém saber que ele estava ali. Após conseguir sobreviver, Aaron escreveu o livro "127 Horas - Uma Empolgante História de Sobrevivência" (título brasileiro), que fez bastante sucesso nos Estados Unidos, e não demorou para que sua história chegasse aos cinemas pelas mãos do premiado diretor Danny Boyle.

Entretanto, como retratar no cinema todo esse drama, em que otempo tem importância fundamental, sem cansar o espectador? Danny Boyle topou o desafio, mas o resultado é um fracasso retumbante. Nem tanto pelo roteiro, que é correto em si, mas pela montagem transloucada, trilha sonora sonora excessiva e, principalmente, a direção equivocada de Boyle.



"127 Horas" já começa mal, e toda sua introdução parece um grande equívoco. Dá-lhe a divisão em três partes de cada cena, a trilha insuportável de A. R. Rahman (que trabalhou com Boyle no fraco "Quem Quer Ser um Milionário?"), e takes longos de Aaron (James Franco) no canyon. Aind anesse início, Aaron encontra duas moças perdidas na região e as ajuda, momento que é alongado pelo diretor simplesmente para poder provocar um certo melodrama em cena outra posterior.

Eis que o acidente acontece, e Aaron fica com o braço preso debaixo da rocha. A partir de então, Boyle utiliza de todos os recusos possíveis para que não sintamos o tempo passar, o que por si só é uma ambiguidade em um filme que trata exatamente do passar do tempo! E lá se vão cortes rápidos, flashbacks inúteis e algumas seqüências pretensamente nojentas (envolvendo urina, por exemplo) que são absolutamente risíveis. O diretor falha em transmitir toda a agonia que aquele homem estava vivendo; se, por um lado, a água acabava, e seu único contato era com um câmera digital, há diversas cenas "engraçadinhas" que praticamente boicotam o filme a todo momento. O grande destaque e ponto alto do filme que ocorre quase no fim (cena com mutilação) é bem executado, mas não é impressionante como as campanhas publicitárias vêm alardeando.



Para interpretar o protagonista, foi escolhido o ator James Franco, uma das estrelas do momento. E sua atuação não justifica a indicação ao Oscar, já que ele realiza um trabalho apenas eficiente e sem maiores destaques. As pretensas cenas "fortes" não exigem tanto do ator, cuj odesempenho é a todo momento ajudado pela montagem rápida. Mas a Academia de Hlloywood parece gostar dele, e além da vaga de apresentador da cerimônia de 2011, Franco acabou recebendo uma indicação um tanto quanto indevida.

É, assim, de se surpreender a quantidade de indicações que "127 Horas" recebeu no Oscar (é, sem dúvidas, o mais fraco dos indicados a melhor filme) e em outras premiações, considerando que é um filmeco completamente mal realizado, em que aonde Danny Boyle atinge praticamente o fundo do poço.

Por Douglas Braga

2 comentários:

Você é o primeiro que eu leio que mete o pau no filme. Acho interessante essas opiniões diferentes sobre o mesmo tempo. Eu da minha parte gostei... apesar de achar um pouco cansativo... na realidade eu estava doida que chegasse a parte que ele corta o braço. Mas... como eu costumo dizer... eu sou besta pra filme e na minha terra besta significa uma pessoas sem critérios. rs
Mas mesmo não sacando de cinema eu achei extraordinário ele ter sido indicado... mas da tal Academia se espera tudo.

AbraçoZzz

Que bom, alguém que concorda comigo! Um filme péssimo, risível...! Coloca até em dúvida a veracidade da história. Para mim ficou mais do q evidente que ele é preferidinho de holywood, só pelo fato de ele permanecer bonito e sensual durante uma situação daquela. Uma cara para vender. O achei muito pouco abatido. Nota 0 na minha opinião.

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