quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cadeira 1 - Martin Scorsese


Como um menino que queria ser padre, crescido em meio a criminalidade, a máfia de Nova York, num dos bairros mais pobres de uma cidade tão seletiva como Nova York, pode se tornar um dos melhores cineastas vivos? Bem, eu não sei, talvez ninguém saiba.

Martin Luciano Scorsese nasceu no bairro do Queens, em Nova York, no dia 17 de Novembro de 1942, filho de Luciano Charles Scorsese e Catherine Scorsese. Asmático, passou a maior parte da sua infância trancado num quarto para evitar o contato com a -- forte -- poluição de Nova York. De lá, o menino Marty só saia para os cinemas, onde tomou usufruiu da boa e velha Época de Ouro do cinema hollywoodiano (imagine o que é ver, na época de lançamento, James Stewart, Vivian Leigh, Kim Novak ou a melhor safra de Hitchcock?).

Foi no meio tempo entre o cinema e o quarto onde ele desenhou storyboards de filmes imaginários. Lá ele aperfeiçoou seu desenho, o que o transformou num bom desenhista, tão bom que Dante Ferreti, desenhista de produção de Cassino e Kundun, diz que os únicos storybards que ele gosta de ver são os do Martin.

Ainda bem que toda essa bagagem cinematográfica só fez bem para ele. São nítidas as referências em seu cinema, com todo seu estilo, e com toda sua beleza. É um colírio para os olhos. Por isso, Martin Scorsese ocupa a cadeira de número 1 nas nossas Cadeiras Especiais e, nos próximos dias, revisaremos suas obras primas (Os Bons Companheiros, Cassino, A Última Tentação de Cristo) e suas obras mais importantes (Depois de Horas, Caminhos Perigosos).

Filmes já comentados:

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