O nome de Stanley Kubrick (Bronx, Nova York, 26 de Julho de 1928 - Hartfordshire, Inglaterra, 7 de Março de 1999) é sinônimo de qualidade e de cinema-arte. Mas, para mim, há algo além nesse nome. Para mim ele significa crítica.
Crítica, sim, por que não? Em toda a filmografia de Kubrick, desde Medo e Desejo (Fear and Desire, 1953 -- filme que permanece fora de catálogo e praticamente indisponível) até De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut, 1999) Kubrick nos dispobibiliza uma crítica sobre nossa sociedade, nossas ações e, consequentemente a nós mesmos.
Kubrick é um cineasta delicado. Por sorte ele não tem um estilo de movimentar a câmera, o que o faz se encaixar perfeitamente em qualquer filme que ele quisesse fazer. Acha que o estilo de Scorsese (grande fã deste cineasta) se encaixaria em filmes tão distintos como 2001 e Laranja Mecânica? Basta notar que a câmera de Kubrick no primeiro movimenta-se com leveza, deixando-se levar ao som da bela trilha sonora, já a câmera do segundo é fria e crua, muitas vezes em hand-held, fazendo a imagem trepidar.
Mas Kubrick não era só um cineasta visual. Quem, se não um gênio consegue fazer graça de uma situação apocalíptica como a Guerra Fria? Aliás, uma história que poderia ser enfadonha (dezenas de homens trancados dentro de uma sala gigante, de um avião e de um escritório) ser hilária.
E é pelo seu toque de genialidade em cada filme que eu tenho o orgulho de anunciar que Stanley Kubrick ocupa a cadeira três das nossas Cadeiras Especiais.
Filmes já comentados
- 2001: Uma Odisséia no Espaço, (1968)
- Barry Lyndon, (1975)
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